Fusões e aquisições: 63 transações realizadas em fevereiro/19
Crescimento de 3,3% dos negócios de fusões e aquisições de empresas no mercado brasileiro no mês de fevereiro/19.
Foram realizadas 63 transações, um crescimento de 3,3% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foram divulgadas 61 operações. Em volume financeiro, essas transações movimentaram cerca de R$ 8,7 bilhões, queda de 25,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
No acumulado de 2019, com 115 operações, verificou-se uma queda de 3,4%, em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram apuradas 119 transações. Já em relação ao montante dos investimentos, verificou-se uma queda de 40,2%, alcançando R$ 20,4 bilhões.
No acumulado dos últimos doze meses sinaliza um crescimento de 0,2% do número de transações, com 834 negócios, comparativamente com o acumulado do mesmo mês do ano anterior.
Valor médio das transações acumuladas no primeiro bimestre de 2019, registrou redução de 38,1% em relação ao mesmo período do ano passado.
O maior crescimento do número de transações no acumulado do ano ocorreu nos negócios de porte de R$ 50 milhões, com 75 negócios e crescimento de 8,7%.
A maior queda foi constatada no volume de transações de porte entre 50,0 milhões e 500 milhões de reais.
O setores mais ativos no acumulado do corrente ano, além de TI, destacam-se OUTROS e HOSPITAIS E LAB. DE ANÁLISES CLINICAS.
O maior apetite no mês ficou por conta dos investidores Estratégicos com 43 operações.
Os Financeiros realizaram 20 operações no mês.
Os investidores de Capital Nacional foram responsáveis por 48 operações no mês. No acumulado do ano, 82 operações – crescimento de 13,9%.
Os investidores de Capital Estrangeiro realizaram no mês 15 operações. No acumulado do ano foram 33 operações, queda de 29,8%
Por país, foram mapeados 15 negócios realizados por investidores de 6 países. Os EUA, com 8 operações (53,3%), foi o de maior apetite.
Maior transação do mês de fevereiro/2019 – IRB confirma oferta de ações no total de R$ 2,51 bilhões. Conseguiu atrair os grandes estrangeiros para a sua oferta de ações (follow on) e responderam por 66% da oferta. 28/02/2019
Operações de Fusões e Aquisições divulgadas com destaque pela imprensa brasileira no decorrer do mês de FEVEREIRO de 2019.
ANÁLISE DO MÊS
Concentração setorial- Os 5 setores mais ativos responderam por 69,8% do total das operações e 20,3% do valor total dos investimentos.
Crescimento de 21,2% do número de operações em relação ao mês anterior. Foram divulgadas com destaque pela imprensa neste mês 63 transações em 19 setores da economia brasileira, registrando um crescimento de 21,2% em relação ao mês anterior ( 52 operações). No confronto com o mesmo mês do ano anterior, constata-se um crescimento de 3,3%, quando foram apuradas 61 negócios.
Evolução nos últimos 5 anos – No acumulado do primeiro bimestre de 2019, apuradas 115 operações, registra uma queda de 3,4% se confrontado com igual período de 2018, quando foram realizadas 119 operações.
Maiores apetites x maiores quedas. Setores mais representativos. No gráfico dos setores mais ativos no acumulado do corrente ano, além de TI, destacam-se OUTROS e HOSPITAIS E LAB. DE ANÁLISES CLINICAS.
No acumulado do ano, o segmento com maior crescimento no número de transações em relação o mesmo período do ano passado foi o de TI, com um aumento de 10 operações, seguidos por INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS e TRANSPORTES.
Os setores que apresentaram maiores quedas no nº de transações no acumulado do ano, em relação ao mesmo período de 2018, foram OUTROS – redução de 7 operações, seguido por SERVIÇOS PÚBLICOS e EDUCAÇÃO.
O acumulado do volume de transações dos últimos doze meses está andando de lado. O mês sinaliza um ligeiro crescimento de 0,2% do número de transações de M&A acumuladas nos últimos doze meses – fevereiro de 2019, com 834 operações, comparativamente com o mesmo período do mês anterior. Já em relação ao mesmo período acumulado do ano anterior – fevereiro/18 – verifica-se uma queda de 4,5%.
No gráfico do acumulado, pode-se inferir ciclos distintos de crescimento e queda do número de transações. Destaca prováveis fatores que mais estão repercutindo nas expectativas de investimentos e, no detalhe, a evolução da série histórica da taxa de câmbio no mesmo período.
Porte: Dois terços das transações no mês são de porte até R$ 50 milhões – Das 63 transações apuradas no mês, 45 são de porte até R$ 49,9 milhões – 71,4% do total e responderam por 4,8% do seu valor. No acumulado do ano de 2019, para este mesmo porte de operações, registraram-se 75 transações representando 65,2% do total e 4,0% do valor. Este porte foi o único a apresentar crescimento, de 8,7%.
A maior queda foi constatada no volume de transações de porte entre 50,0 milhões e 500 milhões de reais. Neste intervalo, a redução foi de 22,9% no acumulado do ano, comparativamente com o mesmo período do ano passado.
No topo da pirâmide foram apuradas, no acumulado do ano, 6 transações com porte acima de R$ 1,0 bilhão, representando 4,8% do número de operações e responderam por 56,1% do valor das transações. No mês foram registrados 3 negócios neste porte.
Queda de 40% do montante dos investimentos no acumulado dos primeiros dois meses de 2019. Quanto aos montantes dos negócios realizados, estima-se o total de R$ 20,4 bilhões, representando uma expressiva queda de 40,2% em relação ao mesmo período de 2018 – considerando Valores Divulgados ( 70,6%) e Não Divulgados/Estimados (29,4%).
A maior redução dos investimentos ocorreu nos negócios acima de R$ 1,0 bilhão – 46,1%.
Em fevereiro de 2019, o valor dos investimentos alcançou R$ 8,7 bilhões, representando uma queda de 26,2% em relação ao mês anterior, e também uma redução de 25,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Valor médio das transações acumuladas no ano registrou queda de 38,1% em relação ao mesmo período do ano passado. O valor médio das transações realizadas no acumulado do ano alcançou R$ 177,6 milhões, contra R$ 287,0 milhões no mesmo período de 2018, representando uma redução de 38,1%.
A maior queda do valor médio do bimestre ficou por conta das transações de porte superior a R$ 1,0 bilhão, comparativamente com o mesmo período do ano anterior.
Investidores Estratégicos predominaram no volume enquanto os Financeiros no montante das operações – O maior apetite neste mês ficou por conta dos investidores Estratégicos com 43 operações (68,3%), e responderam por 45,3% dos montantes investidos.
No acumulado do bimestre, os Estratégicos, com 81 operações – queda de 12,9% – responderam por 70,4% dos negócios e 58,6% dos investimentos.
Os Financeiros realizaram 20 operações no mês de fevereiro, no montante R$ 4,8 bilhões. No acumulado do ano os investidores financeiros alcançaram 34 operações – crescimento de 30,8% – correspondendo a 29,6% dos negócios e 41,4% dos investimentos.
Investidores Nacionais com maior apetite no bimestre no volume de transações. Os investidores de Capital Nacional foram responsáveis por 48 operações – 76,2%, no mês.
No acumulado do ano, os investidores nacionais foram responsáveis por 82 operações – crescimento de 13,9% em relação ao ano anterior, e responderam por 71,3% – e investimento da ordem de R$ 5,5 bilhões, o equivalente a 26,7% do total, correspondendo a uma redução de 53,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Investidores Estrangeiros responderam no primeiro bimestre do ano por 59,8% do montante das transações. Os investidores de Capital Estrangeiro realizaram no mês, 15 operações no montante de R$ 5,7 bilhões. No acumulado do ano, os Estrangeiro investiram cerca de R$ 15,0 bilhões (73,2%) com redução de 33,5%, em 33 operações, correspondendo a uma redução da quantidade de 29,8%.
No mês de fevereiro/19, foram mapeados 15 negócios realizados por investidores de 6 países. Os EUA, com 8 operações (53,3%), foi o de maior apetite estrangeiro no mês, alcançado 67,2% do total destes investimentos.
Maior transação do mês de fevereiro/2019 – IRB confirma oferta de ações no total de R$ 2,51 bilhões. IRB confirmou na noite desta terça-feira oferta pública restrita de 27,6 milhões de suas ações ordinárias, em negócio que resultará num montante de R$ 2,51 bilhões para o acionista vendedor, o fundo Caixa Fgeduc Multimercado, gerido pela Caixa Econômica Federal. O IRB Brasil Re conseguiu atrair os grandes estrangeiros para a sua oferta de ações (follow on). As cinco maiores ordens da operação vieram por parte do gigante norueguês Norges Bank, os britânicos Hermes Investment Management e Schroders, o fundo soberano de Singapura, o GIC, e ainda os americanos Wellington Management e William Blair & Company. Assim, estrangeiros responderam por 66% da oferta.
Fonte: Fusões e Aquisições
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